[BF:MANAGER] GUILHERME PRATES - Parte 2

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Uma última batalha, uma última chance de brilhar, uma última chance de honrar quem somos... era assim que sempre sonhei que seria uma final de Copa do Mundo. Uma partida que fosse digna da grandeza da competição, duas seleções honrando suas nações, e lutando até o final por seus objetivos. Sem trapaças, sem interferência do mundo exterior, apenas nós todos em campo, disputando uma partida limpa e justa por um bem maior.

Claro que há exageros, sempre houve e provavelmente irá permanecer eternamente. Afinal, nada e ninguém pode definir o que é o futebol de verdade. O que é vestir o uniforme, amarrar as chuteiras e entrar em campo pronto para dar sua vida pelo seus companheiros. É uma batalha, uma verdadeira guerra, na qual a derrota chega a ser inaceitável. Mas não é só isso, o futebol não é só rivalidade. Tem sim de haver rivalidade entre jogadores, clubes e seleções. Mas há também muito respeito, amor ao próximo e compreensão dentro de um estádio, e essa final foi a prova disso.

O estádio estava lotado, mais de 60 mil pessoas bem acomodadas para acompanhar a tão esperada decisão. Claro que havia muita rivalidade, mas algo surpreendeu o mundo inteiro. Quando o sistema de som do estádio anunciou que o hino da Suíça seria reproduzido, a maioria dos torcedores alemães abraçaram os suíços e cantaram - na verdade tentaram - o hino junto aos "adversários". Muitos não conheciam o próprio, então simplesmente ficaram quietos, mas ainda sim, abraçados. O mesmo gesto foi retribuído pelos suíços e aplaudido pelo mundo inteiro. Que cena fantástica!

Mais fantástica ainda foi o desempenho de ambas as equipes dentro de campo. Um jogo para crítico nenhum por defeito, sensacional! Um 4-3 recheado de emoções e entrega em campo. E por ser tratar de uma final, e envolvendo tantas estrelas mundiais, o esperado era que uma delas roubassem a cena e decidissem o título a favor de seu país. Mais o que se viu, novamente, surpreendeu a todos.

De "jovem, inexperiente, imaturo" a "herói". Esse foi o caminho traçado e trilhado por Sulejmani, o garoto que simplesmente decidiu uma final a nível mundial. Para essa competição contei com apenas três atacantes, que eram eles os astros Schürrle, Podolski e o bendito e desconhecido Sulejmani. Muito se perguntava sobre ele, e pouco se sabia. O fato é que, o garoto entrou bem contra a Bélgica, marcou o seu e fechou o caixão, merecendo uma moralzinha. Dai então, vejo meu querido Schürrle tomar o terceiro amarelo e ficar fora da final. Ok, tranquilo, tinha o Podolski aind.. chego no dia da concentração final, ele vem me dizer que não estava se sentindo muito bem, puta que pariu.

Era matar ou morrer, só tinha restado o garoto.. Até comentei com minha comissão técnica que com ele em campo aconteceria no máximo duas coisas: Ele entrava, brilhava e se tornava o herói da conquista, ou simplesmente se escondia na partida, se queimava e seria julgado por esse erro pelo resto da vida... e o que aconteceu? O resto é história!